Caros Amigos
Primeiro agradecê-los por ter tido a oportunidade de me "envolver" com o trabalho que estão realizando.
Num primeiro olhar, num encontro inicial, o impactou que me causa naturalmente está sempre repleto de minhas crenças, convicções, referências que trago, enfim...
E não é como negar que esse também é meu lugar seguro e... perigoso, como mesmo enfatizei na "crítica" (se assim posso dizer) ao trabalho de vocês.
E eu poderia dizer um milhão de coisas; a maioria, claro, tolas e vãs e algumas, talvez, que merecessem algum tipo de reflexão.
É verdade que quando vou ver, apreciar, uma labuta artística, encanta-me, cativa-me, arrasta-me as ações mais próximas de nossa natureza humana, desarmada da artidicialidade a que nos obriga nossa vida cotidiana. Quando um artista chega ao menos próximo dessa generosidade, confesso que sinto valer a pena exisitrmos, ser o que somos e estar onde estamos.
Mas, evidente, esse não é um processo metrificado em ensaios (abertos ou fechados), essa é uma conquista que nos dura a vida inteira e não nos oferece certeza alguma. É fé repleta de dúvidas.
Ao estar no lugar seguro e perigoso de espectador, depois de algum tempo, gostaria de dizê-los que nesse meu lugar, aparentemente confortável, fiquei instigado a vê-los com um pouco mais de humanidade, não uma humanidade a-crítica, mas assumindo (e desde aquele momento) que os admirava de vê-los na labuta mesmo, na busca do abismo de si, indo até onde era possível ir, com a coragem de expor até a sua não-coragem.
Obrigado, então, por inquietar-me nesse meu lugar passivo, seguro de nada, repleto de abismos.
Fraterno abraço.
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