Gostaria de falar como tudo começou antes de engressar no RG, acredito que começou quando ainda estava em Goiás e sempre em contato com um amigo chamado Maciel, nos propunhamos a recomeçar um projeto que para nós ainda tinha muita a ser investigado o espetáculo PESSOA FÍSICA que tratava de uma investigação sobres as relações humanas. Ao regressar a Maceió e retomar os trabalhos, reencontro velhos amigos e professores um deles Jorge o qual nos convidou a participar de um projeto de pesquisas em performance com temas livres.
Durante este quatro meses que estou no RG as aulas ministradas por cada membro com suas experiências e vivência em dança , teatro e na arte da perfomance, tem ajudado a todos na contrução e na percepção de novos saberes. A respiração e a concentração, a idéia de um corpo que se articula com o minimo estimulo possivel, as coisas sensivéis que nos cercam e as variadas formas das quais as vemos. No inicio era difícil entrar no grupo cujo o processo de construção estava em andamento. Eu já tinha um trabalho como hoje com a Cia Princípio Básico, mas não esperava entrar em um desafio onde eu teria por minha própia escolha falar de uma coisa que me incomodou e incomoda durante todo o percurso de minha vida. Nesse processo pensei em parar muitas vezes. Uma porque não me via dançando, embora todo meu ser dançava, o outro mais forte, era que eu estava falando de coisas que antes evitava em falar. Me vi em uma cilada feita por mim ou por tudo que me cercava, nesse momente fiquei vendo cenas de minha vida que não parava de aparecer e elas eram cada vez mais forte , todas essas memórias me levaram a olhar parte de minha pele que faziam 13 anos que não a olhavam ou mesmo tocavam, como se não fosse parte do meu corpo. Algumas cenas deixei de fazer-la por não sentir parte de mim. Hoje percebo que não irei concluir esse trabalho nesse periodo de tempo de projeto, e em tempo algum. Por que ele faz parte de uma vida inteira que eu tenho que ír buscando na memória de minha pele onde tudo começou sem um lugar para terminar. Após ter lutado tanto em querer mostrar algo definitivo, me sinto feliz por esse definitivo não existir.
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