- A arte é sempre pedagógica? Uma pedagogia dos sentidos?
Conduzir de uma oficina, é um assunto que me intriga:
o "professor".
As formas de condução do trabalho, a priori papel do "instrutor", tradicionalmente
é o do que conduz a ação do grupo, através de comandos: ouçam a música.
ou caminhem assim, curve a coluna, etc.
Me parece as vezes, que tentamos agora "coreografar" o pensamento do participante.
Tão duro quanto uma aula tradicional de balé,
http://estranhocorpo.blogspot.com/ |
em cada exercício.
Durante as aulas do Flávio, me ocorreu, ao invés,
propor questões: está ouvindo o que?
Consegue ouvir até onde?
sente o que? etc.
E finalmente a potencialização do ato.
Tentar expandir o sentido da ação corporal.
Saber-se público.
Que parece implicar não exatamente em que resposta eu tenho,
mas como eu permito ao corpo
responder.
Num sentido.
Qualquer consciência que se tenha do corpo.
jorge
Um comentário:
Jorge,
tentei postar esse comentário no seu blog mas disse que tinha que ter menos caracteres, então, lhe envio
bj
Jorge,
escrevo aqui algumas observações após a nossa conversa ontem:Tenho pensado muito na questão da repetição no processo de ensino-aprendizagem do moviment/dança. Parece que nos acostumamos a pensar na repetição e na condução, na apresentação de caminhos de experimentação, como vc colocou, como algo que apresenta a resposta e não proporciona a autonomia na descoberta, algo sem natureza artística. Contudo, tenho pensado na minha prática taoista com o tai chi onde a repetição de uma forma é, em si, o caminho para a descoberta e autonomia.É isso, em si, que define essa prática como uma Arte. Penso também o quão pode ser generoso e não perverso, apresentar o meu caminho de descoberta como UMA POSSIBILIDADE de descoberta para o outro que comunga comigo de um mesmo desejo de conhecer...muitas reticências e vontade de continuar perguntando?!?!?!?!
Telma César
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