A revista traz além de importantes debates e questões que envolvem a arte nas ruas uma entrevista com Jorge Schutze: euzinho.
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
quinta-feira, 10 de outubro de 2013
domingo, 29 de setembro de 2013
Extensão Visões Urbanas = Maceió e Portugal
http://www.funarte.gov.br/danca/visoes-urbanas-chega-a-portugal/
http://www.brasil.gov.br/cultura/2013/09/portugal-vai-receber-festival-de-danca-com-artistas-brasileiros
http://globotv.globo.com/tv-gazeta-al/bom-dia-alagoas/v/festival-de-visoes-urbanas-chega-a-maceio-esta-semana/2789205/
http://g1.globo.com/globo-news/globo-news-em-pauta/videos/t/todos-os-videos/v/salvador-e-maceio-sediam-festivais/2790960/
http://ctrlaltdanca.com/2013/08/27/amanha-28ago-dani-lima-lanca-livro-rj-maceio-al-ganha-edicao-do-festival-visoes-urbanas/
http://globotv.globo.com/tv-gazeta-al/al-tv-1a-edicao/t/veja-tambem/v/artistas-se-apresentaram-em-pleno-calcadao-do-comercio/2792588/
http://www.funarte.gov.br/danca/festival-de-danca-visoes-urbanas-chega-a-maceio/
http://www.brasil.gov.br/cultura/2013/09/portugal-vai-receber-festival-de-danca-com-artistas-brasileiros
http://globotv.globo.com/tv-gazeta-al/bom-dia-alagoas/v/festival-de-visoes-urbanas-chega-a-maceio-esta-semana/2789205/
http://g1.globo.com/globo-news/globo-news-em-pauta/videos/t/todos-os-videos/v/salvador-e-maceio-sediam-festivais/2790960/
http://ctrlaltdanca.com/2013/08/27/amanha-28ago-dani-lima-lanca-livro-rj-maceio-al-ganha-edicao-do-festival-visoes-urbanas/
http://globotv.globo.com/tv-gazeta-al/al-tv-1a-edicao/t/veja-tambem/v/artistas-se-apresentaram-em-pleno-calcadao-do-comercio/2792588/
http://www.funarte.gov.br/danca/festival-de-danca-visoes-urbanas-chega-a-maceio/
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
fotos das apresentações de EMCISCOS
FOTO: RENATA VOSS |
https://www.facebook.com/cosmerogerio/media_set?set=a.548074081913843.1073741864.100001337697571&type=1
https://www.facebook.com/media/set/?set=a.573413032717794.1073741835.435238366535262&type=1
https://www.facebook.com/media/set/?set=a.10201171636646476.1073741829.1636999240&type=1
quarta-feira, 4 de setembro de 2013
Estréia EMCISCOS
Estréia EMCISCOS
Foto: Sandra Calaça |
Ficha Técnica
Concepção e Encenação: Eris Maximiano e Flávio Rabelo
Elenco: Fátima Farias, Igor Araújo e Jorge Schutze
Assistência Direção: Magnun Ângelo
Cenografia e Figurinos: Eris Maximiano
Assistência de Execução de Cenografia e Figurinos: Arnaldo Ferju, Kleise Maria e Valéria Monteiro
Foto: Renata Voss |
Sonoridades: Marcelo Marques
Material Gráfico: Renata Voss
Ilustrações: Pedro Lucena
Projetor Móvel: Fábio Stasiak
Assistência de Produção: Fátima Farias
Produção: Ane Oliva
Realização: Instituto Eu Mundaú
Patrocínio: Programa de Cultura Banco do Nordeste / BNDES / Governo Federal
domingo, 18 de agosto de 2013
segunda-feira, 22 de julho de 2013
Azul Ficção na vernisage da exposição LivresOlhares
Realizada no Museu de Imagem e do Som de Alagoas, a exposição LIVRES OLHARES é o resultado de uma oficina de fotografia, proporcionada pela ong ENSEADA DAS CANOAS, às crianças da Vila dos Pescadores, no Jaraguá, Maceió, AL.
Curadoria: Viviane Rodrigues, oficineiro Christiano Barros Marinho.
A vernissage ocorreu em 02 de julho de 2013.
noticia:
http://g1.globo.com/al/alagoas/noticia/2013/07/fotos-tiradas-por-criancas-mostram-cotidiano-de-comunidade-de-maceio.html
sexta-feira, 12 de julho de 2013
Urucungo em Cenas Urbanas é notícia no site da FUNARTE
http://www.funarte.gov.br/danca/urucungo-em-cenas-urbanas-se-apresenta-em-alagoas/
‘Urucungo em Cenas Urbanas’ se apresenta em Alagoas
Contemplado com o Prêmio Funarte Petrobras de Dança Klauss Vianna 2012, projeto de dança traz elementos da capoeira
Marcadores:
clipping imprensa,
fotógrafo Videomaker,
urucungo
sábado, 6 de julho de 2013
domingo, 16 de junho de 2013
HISTÓRIA DA DANÇA - LINHA DO TEMPO
http://culturaecurriculo.fde.sp.gov.br/Administracao/Anexos/Documentos/420091014164533Linha%20do%20Tempo%20-%20Historia%20da%20Danca.pdf?#zoom=81&statusbar=0&navpanes=0&messages=0
HISTÓRIA DA DANÇA
Rosana van Langendonck*
HISTÓRIA DA DANÇA – LINHA DO TEMPO
DANÇAS PRIMITIVAS
__ 9000 e 8000 a.C. – Eras Paleolítica e Mesolítica
__ 6500 a.C. – Período Neolítico
DANÇAS MILENARES
__ 5000 a.C. – Egito
__ 2000 a.C. – Índia
__ Do século VII a.C. ao século III a.C. – Grécia
__ De 476 a 1453 – Idade Média
__ Séculos XI e XII
__ Séculos XIII e XIV
__ Renascimento – Séculos XV e XVI
__ Século XVII
__ Século XVIII
__ Século XIX – Balé romântico
__ Artistas que influenciaram a dança no século XIX
__ O balé na Rússia
__ Século XX
__ Pesquisadores do corpo que influenciaram a
dança no século XX
DANÇA MODERNA
__ Os primeiros modernos
__ “Ballets Russes” – Companhia Balés Russos
DANÇA NEOCLÁSSICA
__ Décadas de 1940 e 1950
__ Década de 1960
__ Transição para a dança contemporânea
DANÇA CONTEMPORÂNEA
__ Década de 1960
__ Década de 1970
__ Década de 1980
HISTÓRIA DA DANÇA
Rosana van Langendonck*
HISTÓRIA DA DANÇA – LINHA DO TEMPO
DANÇAS PRIMITIVAS
__ 9000 e 8000 a.C. – Eras Paleolítica e Mesolítica
__ 6500 a.C. – Período Neolítico
DANÇAS MILENARES
__ 5000 a.C. – Egito
__ 2000 a.C. – Índia
__ Do século VII a.C. ao século III a.C. – Grécia
__ De 476 a 1453 – Idade Média
__ Séculos XI e XII
__ Séculos XIII e XIV
__ Renascimento – Séculos XV e XVI
__ Século XVII
__ Século XVIII
__ Século XIX – Balé romântico
__ Artistas que influenciaram a dança no século XIX
__ O balé na Rússia
__ Século XX
__ Pesquisadores do corpo que influenciaram a
dança no século XX
DANÇA MODERNA
__ Os primeiros modernos
__ “Ballets Russes” – Companhia Balés Russos
DANÇA NEOCLÁSSICA
__ Décadas de 1940 e 1950
__ Década de 1960
__ Transição para a dança contemporânea
DANÇA CONTEMPORÂNEA
__ Década de 1960
__ Década de 1970
__ Década de 1980
História da Dança Contemporânea
Não consegui descobrir ou autor do texto
Coletado no grupo Dançanteato no facebook
https://www.facebook.com/groups/435380513220157/?fref=ts,
publicado por Carolina Gabriela Raed https://www.facebook.com/Caro.Y.Abril
o link onde a tese se encontra: http://www.gpef.fe.usp.br/teses/agenda_2011_01.pdf
A DANÇA CONTEMPORÂNEA NO TEMPO
Para falar sobre a diversidade das linguagens presentes na dança
contemporânea é necessário, primeiramente, conhecer um pouco sobre esse artefato e
sua trajetória ao longo da história. Para começar é difícil datar o início da dança
contemporânea e mais ainda descrevê-la de uma única forma. O que podemos considerar
é que essa modalidade aparece na história não apenas para contar um fato de forma
linear, mas, sobretudo para questionar o mundo a sua volta. Também é preciso enfatizar
que as narrativas a seguir, talvez a dominante, não é uma verdade sobre a sua trajetória,
pois outras existiram e existirão. A intenção do exposto é contribuir com os interessados
no tema e ver que qualquer artefato cultural é passível de lutas por significações.
Coletado no grupo Dançanteato no facebook
https://www.facebook.com/groups/435380513220157/?fref=ts,
publicado por Carolina Gabriela Raed https://www.facebook.com/Caro.Y.Abril
o link onde a tese se encontra: http://www.gpef.fe.usp.br/teses/agenda_2011_01.pdf
A DANÇA CONTEMPORÂNEA NO TEMPO
Aline Gama DANÇANTEATO Paraty. Foto AndreAzevedo |
contemporânea é necessário, primeiramente, conhecer um pouco sobre esse artefato e
sua trajetória ao longo da história. Para começar é difícil datar o início da dança
contemporânea e mais ainda descrevê-la de uma única forma. O que podemos considerar
é que essa modalidade aparece na história não apenas para contar um fato de forma
linear, mas, sobretudo para questionar o mundo a sua volta. Também é preciso enfatizar
que as narrativas a seguir, talvez a dominante, não é uma verdade sobre a sua trajetória,
pois outras existiram e existirão. A intenção do exposto é contribuir com os interessados
no tema e ver que qualquer artefato cultural é passível de lutas por significações.
sexta-feira, 7 de junho de 2013
quinta-feira, 16 de maio de 2013
sábado, 11 de maio de 2013
pensar dança a rua
quarta-feira, 1 de maio de 2013
Performance Corpo Política
Os videos da nossa cia. foram apresentados:
http://www.performancecorpopolitica.net/p/mostra-de-rua.html
http://www.performancecorpopolitica.net/p/mostra-de-rua.html
sexta-feira, 5 de abril de 2013
quinta-feira, 28 de março de 2013
Urucungo no Visões
Apresentação de Urucungo no Festival Visões Urbanas/foto: Jorge Schutze |
Urucungo nas Cenas Urbanas, é um projeto coordenado por Denis Angola, e tem como premissa apoiar-se na capoeira e seus conceitos para a criação de espaços onde a dança e o ritual possibilitem ao corpo a expressividade e a manifestação pública. A palavra Urucungo, é um dos nomes ancestrais do Berimbau, que apesar de ter sofrido transformações fundamentais aqui no Brasil, veio da África com a leva de escravos para cá trazidos a partir da colonização.
A capoeira já trata a dança de uma maneira diferenciada, desde a sua concepção: a forma democrática de participação, o modo circular do ritual, o relacionamento com o público, além da simples assistência, possibilitando a qualquer um a participação, a improvisação, etc., assim Urucungo procura trazer para a dança contemporânea, noções e conceitos fundamentais à arte de expressar o corpo, trazendo novos impasse à questão: como pode uma dança ser aberta publicamente, dispor-se ao "acaso", enquanto se firma como obra? Como lidar com a improvisação e ainda permanecer fiel a uma lógica, um conceito? entre outras questões, envolvendo inclusive a brasilidade e a dança contemporânea com lastro europeu, etc.
A obra é sempre aberta a participação do público, mas num dado momento utilizando-se de um recurso da capoeira, os bailarinos fazem a CHAMADA, ou seja, convidam pessoalmente o público para a dança, e que como na capoeira podem ou não ser correspondidos.
A obra foi muito bem recebida no festival, e o público, emocionado, pôde comungar conosco.
A obra foi muito bem recebida no festival, e o público, emocionado, pôde comungar conosco.
à partir da esquerda: Jal,, Denis e Ana Carla FOTO - Jorge Schutze |
http://www.visoesurbanas.com.br/?page_id=702
mais fotos;
https://www.facebook.com/media/set/?set=a.464303870308878.1073741827.134702043269064&type=3
fotos do festival
https://www.facebook.com/media/set/?set=a.464319260307339.1073741828.134702043269064&type=3
mais fotos;
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fotos do festival
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quarta-feira, 27 de março de 2013
IMPROVISAÇÃO COMO MÉTODO NA COMPOSIÇÃO COREOGRÁFICA
Projeto Urucungo nas Cenas Urbanas - Festival Visões Urbanas SP - Foto Jschutze |
Acredita-se
que a improvisação vem sendo utilizada desde os primórdios da dança, mas foi no
início do século XX, que pesquisadores como Françoise Delsarte, Èmile Jacques
Dalcrose e mais tarde Rudolph Von Laban, investindo-se de pesquisas a respeito
da expressividade corporal passaram a utilizá-la mais sistematicamente em suas
pesquisas.
Nos anos 40, a
coreógrafa Anna Halprin, insurgindo-se contra o excesso de determinismo e
formalidade da dança moderna (leia-se Doris Humphrey e Martha Graham, por
exemplo), passa a adotar em seus procedimentos, o que mais tarde veio
denominar-se Improvisação Estruturada: onde os bailarinos tinham total
liberdade expressiva dentro de premissas ou parâmetros fornecidos pela
coreógrafa. Ainda nos anos 40 o coreógrafo Mêrce Cunningham tornou-se conhecido
pela utilização dos conceitos Zen-Budistas, em suas criações. Fortemente
influenciado pelo músico John Cage, seu parceiro artístico, nas suas obras o
acaso, sob a forma de sorteios ou escolhas aleatórias conduziam as
apresentações. Às vezes os elementos da apresentação: música, cenário,
figurinos, coreografia, luz eram criados e ensaiados separadamente e somente
nas apresentações se uniam pela primeira vez.
Foi,
entretanto, nos anos 60 em Nova York que a improvisação ganhou notoriedade na
dança. Afinados com conceitos culturais emergentes, a espontaneidade, a
equidade e a liberdade expressiva passam a tomar parte nas investigações
propostas pelo também emergente grupo de bailarinos que se reunia na Judson
Church no East Village, formando o grupo JUDSON DANCE THEATER. O grupo iria
reformular completamente os paradigmas da dança moderna, ousando colocar em
cena, não somente concertos de dança totalmente improvisados, como também
trazendo à cena corpos não treinados para a dança.
O conceito de
espontaneidade tanto estética quanto ideológica é fundamental para
compreender-se a improvisação como elemento incorporado pelos assim chamados
Pós-modernos (conforme as historiadoras de dança americana Sally Banes e
Cynthia Novak) do grupo JUDSON DANCE THEATER.
Como um
desdobramento das ideologias e práticas desse grupo surgem as pesquisas do ex atleta
Steve Paxton para a construção do Contato Improvisação, até hoje desenvolvida e
praticada por dançarinos de todo o mundo. Fugindo da dramaticidade e
psicologismos, e apegados a uma maior equidade, e liberdade expressiva, e às
leis da física do movimento, a partir de Paxton, pesquisadores veem
desenvolvendo técnicas onde do simples contato físico entre os corpos, a
coreografia e a composição são gerados
Seja como
exploração do movimento espontâneo do bailarino para uma posterior
sistematização da coreografia, seja como exploração da individualidade do
intérprete dentro de parâmetros ou tarefas pré-fixadas (improvisação
estruturada), ou na composição instantânea, como no grupo Judson Dance Theater,
onde a apresentação ou performance acontece de maneira totalmente improvisada, a
improvisação tem auxiliado pesquisadores na reformulação de conceitos e
práticas para a dança.
Na
improvisação o corpo é estimulado a uma maior atenção, não só ao ambiente ou
aos outros corpos que dançam, mas também a si mesmo e às próprias reações,
possibilitando o surgimento de até então desconhecidos ou inusitados modos de
reação e movimentos, tendo com isso a possibilidade e as vezes a necessidade de
recriar-se em sua corporeidade.
Quando
pensamos no corpo que dança como um corpo que incorpora informações percebidas
em tempo real, no meio em que transita, pensamos em instabilidade. O que o
corpo faz é buscar meios para estabelecer identidades e estabilidade na sua
permanência junto ao meio. Dessa relação surgem diálogos, onde a regra é a
continua reorganização de ambos.
Marcadores:
Composição Coreográfica e Improvisação,
textos
COMPOSIÇÃO COREOGRÁFICA NO PROCESSO ENSINO APRENDIZADO
A organização do movimento corporal, individual ou em
grupo, com finalidade estética, é o que caracteriza a composição coreográfica,
e requer dos praticantes, entre outras, noções
de espaço, noções de tempo e uma execução especializada e estética do movimento
corporal.
Segundo o
pensador francês Edgar Morin, é através do
aprendizado que o ser humano desenvolve as potencialidades da vida. Embora
seja inegável a quantidade de competências que o estudo e prática das formas
corporais no espaço-tempo (emprestando o termo usado pela artista pedagoga
Fayga Ostrower) podem desenvolver, os estudos em neurociências e ciências da
cognição ainda não podem responder com precisão que articulações cerebrais são
exigidas ou desenvolvidas no esforço por tais aprendizados, nem confirmar
exatamente se as competências adquiridas nessas áreas de conhecimento são
transferíveis para outras áreas da atuação humana. Temos a forte intuição que
sim.
Photo JSCHUZE - Denis e Ana Carla - Festival Visões Urbanas SP |
Para o
neurocientista português António Damásio a
consciência se desenvolve pelo, no, e para o movimento corporal. Para o
biólogo chileno Humberto Maturana o corpo é a nossa
possibilidade e condição de ser, e para a psicopedagoga Alícia Fernandez, no movimento o corpo sintetiza
movimentos eficazes para apropriação do “em torno” por parte do sujeito.
Ou seja, o conhecimento do espaço-tempo, que implica um conhecimento de si
mesmo, bem como a apropriação do estar/ser no mundo é realizado pelo sujeito
numa atividade corporal, que não é simplesmente mecânica ou funcional, nas suas
bases um processo emocional/subjetivo de desenrola. Lembrando
mais uma vez Maturana é a emoção que nos envolve e nos movimenta para o
aprender, o que está envolvido no aprender para o biólogo é a transformação de
nossa corporeidade.
O filosófo
francês Merleau-Ponty define, ainda nos idos
dos anos 60, a relação entre o corpo e o espaço: ter
um corpo, para um ser vivo, é juntar-se a um meio definido, confundir-se com
seus projetos e empenhar-se continuamente neles. O filósofo afirma ainda
que o mundo não é algo exterior ao corpo, mas está
integrado à existência pragmática, é sempre aquilo para o que o corpo se
polariza, não se trata, portanto, de uma apropriação que o corpo faz do
conhecimento, mas de um deslocamento da corporeidade em direção ao que ainda
não sabe, porém intui como possibilidade.
Ao organizar o
corpo em relação ao espaço-tempo, portanto, o corpo desenvolve habilidades não
só relacionadas com um melhor desempenho corporal. Na sua complexidade a
composição coreográfica envolve a consciência de si, do espaço (com todas as
suas minúcias sensoriais), do tempo (e suas interpretações e agenciamentos), da
cultura (com todos os seus mecanismos de felicidade e controle: vide Michel Foucault),
da capacidade de abstração, e lógica..
Enfim, todos os quesitos da existência corporal são avaliados,
questionados e pressionados por uma investigação legítima em composição
coreográfica, já que, como qualquer um de nós pode auferir, os aprendizados são,
em sua base, corporais, e é a partir dele, sempre do corpo, que toda uma sempre
crescente gama de aprendizagens se tornam possíveis.
É nesse
sentido que a corporeidade não pode ser tratada como fonte complementar de
critérios educacionais, mas seu foco irradiante primeiro e principal, como
afirmam os novos pesquisadores em motricidade. Embora seja forçoso reconhecer
que em “nossa educação”, principalmente nas Escolas Públicas, esses conceitos
passem a milhas de distância.
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Composição Coreográfica e Improvisação,
textos
Domínio Público em Portugal - apreciação
http://seuvicenteresidencias.wordpress.com/2013/03/26/documentacao-da-conversa-com-dominio-publico-no-seu-vicente-residencias-artisticas/
quinta-feira, 21 de março de 2013
terça-feira, 19 de março de 2013
Arte Urbana em Maceió: Jorge Schutze e Companhia Limitada
Arte Urbana em Maceió: Jorge Schutze e Companhia Limitada: por Renata Menezes O professor de dança Jorge Schutze começou a realizar intervenções urbanas pela necessidade de entender as formas ...
revista URBANIDartes
revista URBANIDartes
sábado, 9 de fevereiro de 2013
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
Apreciação de Mirtes e Ederson dos videos do Jal
Ah- agora sim. Finalmente o Sem Tïtulo.
Bem:
a sunga estraga tudun ( como diria a minha mãe).Sei que não pode ficar
pelado na praia..que droga né? Mas o video é totalmente misterioso, mas a
sunga quebra o barato.
A bolsa na qual ele está envolvido é
ótima. Digo bolsa porque pra mim parece a bolsa que envolve os fetos.
Acho que os tours pela pele são muitos - o que vc acha?
E
quando ele coloca a mÃo pra fora da bolsa ele para de se agitar, de se
mover. Isso é muito bom. Aumenta o mistério. Daí pra frente eu nÃo faria
mais esse tour pela pele e passaria direto pro abandono da bolsa e o
mistério redobra pois não sabemos se ele vai se levantar, vai fazer o
quê, quem é esse ser. Foi o mar que desovou? Caiu de alguma nave?
eu e minhas naves…..
Reparei que ele tem uma orelha muito diferente: quase uma guelra. Vcs repararam?
mi..encafifando
Em 18/01/2013, às 12:48, jorge & cia.ltda. escreveu:
|
14:52 (9 horas atrás)
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|
O primeiro vídeo é muito interessante.
O
corpaisagem, corpordosol. É bonito no começo ver a busca pela
delicadeza e pelo lento em um corpo “endurecido” rígido, fixo ao chão.
Ver a cidade acendendo as luzes ao fundo, o barco. É maravilhosa a
dramaturgia do acaso... Chama atenção também a entrega do intérprete que
se relaciona com o mar,sem cair na catarse babaca.
Ao fundo as ondas dão uma ideia de passar do tempo que provoca ao mesmo tempo tensão e calma.
Obrigado por compartilhar.
Abs.
Ederson
De: Mirtes Calheiros [mailto:mirtesc@hotmail.com]
Enviada em: Sunday, January 20, 2013 10:35 AM
Para: jorge & cia.ltda.
Cc: Ederson
Assunto: Re: videos cia.ltda.
Enviada em: Sunday, January 20, 2013 10:35 AM
Para: jorge & cia.ltda.
Cc: Ederson
Assunto: Re: videos cia.ltda.
|
15:04 (8 horas atrás)
| |||
|
Também acho bem misterioso.
As
pausas são realmente instigantes, pois o invisível ganha forma: vento,
silêncio, respiração. Investir nessas pausas talvez seria um caminho
legal... num sei...
Sobre a orelha: ele é ou foi lutador? Como disse do primeiro vídeo esse paradoxo, cria uma expressividade diferenciada.
Abs.
Edersondomingo, 20 de janeiro de 2013
Contato Improvisação
Jorge Schutze
Alexandre Constantino/foto JSchutze |
Retirar a
autoridade do coreógrafo sobre o movimento dos bailarinos já era uma tendência
entre alguns pesquisadores, que se utilizavam da improvisação com vistas a
formular suas obras, como é o caso de Anna Halprin, Merce Cunningham, Erik
Hawkins, entre outros. Paxton, entretanto, vem tencionar esse procedimento
opondo-se a utilização funcional da improvisação como enriquecimento das
produções coreográficas: para ele a própria improvisação é tratada como
linguagem cênica, enquanto a simples interação física entre os corpos é tratada
como dramaturgia, por assim dizer, da obra apresentada sempre em improviso.
Para tanto, Paxton articula todo um pensamento entre as danças sociais, a
filosofia oriental, a física contemporânea e o contexto político e intelectual
de sua época.
Alexandre Constantino e Jal Oliveira/foto JSchutze |
Importante
também notar as influências de outros coreográfos na técnica iniciada por
Paxton e desenvolvida por improvisadores no mundo todo. Merce Cunningham,
coreógrafo com quem Paxton havia colaborado já buscava um sentido estético para
a dança no próprio movimento, na própria dança, libertando-a de “simbologismos”
e psicologismos. Erik Hawkins, combinando cinesiologia com a experiência de
sentir sugeria um caminho de reconciliação entre a dança e a sensação de dançar,
propondo um movimento que pudesse ser realizado sem esforço nem pressão, para
um bailarino que conciliasse a experiência intelectual com a experiência
sensorial. Anna Halprin construía estruturas improvisacionais, transformando
cada apresentação num evento único, mas estruturado por “acordos” prévios. Enfim
todo um contexto surgido nos anos 60 nos Estados Unidos já vinha reposicionando
não só a dança nos seus conceitos, mas
toda a experiência artística e intelectual humana e influenciaram decisivamente
as ideias de Paxton: nesse prisma pode-se citar a hegemonia do coreógrafo sobre
os movimentos dos bailarinos comparados com a política dos ditadores por
exemplo ou a ideia de um primeiro bailarino, cujas ações se desenvolvem a
partir dele, como nas dramaturgias tradicionais do balé clássico.
A ideia
orientadora da técnica do contato improvisação, apesar de toda essa influência,
é muito simples: o corpo em relaxamento ativo, ou seja, com o mínimo de esforço
muscular possível, mas atento ao ambiente, a si mesmo e às possibilidades de
ações, se apoia no ambiente dirigindo seus esforços para “empurrar”, a partir
de seus contatos táteis, objetos e corpos do ambiente, gerando assim as danças,
que podem se dar desde num nível mínimo de visibilidade, até movimentos
acrobáticos de grande impacto visual, dependendo da disponibilidade e
treinamento entre os participantes. Requer para isso um acurado treinamento de
“escuta” do corpo do outro e do espaço-tempo, e também um desenvolvido senso de
aproveitamento do “momentum”.
A importância
do Contato Improvisação em outras área além da dança também é muito grande:
áreas como a psicologia, a motricidade, a terapêutica corporal, a educação,
etc. tem se atraído por essa dança, a priori completamente livre de códigos
formais, a fim de aplicá-la como prática de autoconhecimento e treinamento
corporal-psicológico dos pacientes ou estudantes.
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
Apreciações das apresentações no SeuVicente Residencia (Lisboa)
http://seuvicenteresidencias.wordpress.com/2013/01/17/documentacao-video-conversa-com-dominio-publico/
agora em Janeiro o grupo SeuVicente realizou uma pequena mostra de nossos videos e realizou um papo com a audiência, confira.
agora em Janeiro o grupo SeuVicente realizou uma pequena mostra de nossos videos e realizou um papo com a audiência, confira.
quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
O CORPO E O MOVIMENTO EXPRESSIVO
Jorge L. Schutze
Jal Oliveira: foto JSchutze |
Via de regra
todo movimento (e não movimento) do corpo é expressivo, se considerarmos que o
corpo mesmo ao fingir uma determinada emoção, na prática expressa exatamente o
que lhe acontece, quer o desvendemos ou não. A relação entre expressividade,
corporeidade e emoção desde Francoise
Delsarte, no início do século XX, fomenta os estudos teóricos das artes
cênicas. Quando se compreende o corpo imbricado de suas múltiplas dimensões:
psicologia, cognição, emoção, sensibilidade, biologia, etc. pode se dizer que o
corpo na verdade expressa a si mesmo, já que na pratica a unidade corpo
expressa um agenciamento de todos os fenômenos que lhe acontecem num determinado
instante. Mesmo que um desses fenômenos seja exatamente ocultar o que sente, o
corpo somente pode expressar a ocultação desse fenômeno, mesmo que ninguém além
de si mesmo o possa perceber. Ou seja, o corpo fornece ao ambiente, através de
sua corporeidade, um mapa de toda a sua condição a cada instante, mesmo em
condições de isolamento.
Segundo
o neurocientista António Damásio são
essas especificidades corporais que momento a momento também fornecem ao
cérebro um mapeamento das suas condições, e que por meio da homeostase
articulam o reequilíbrio, caso necessário, de suas funções. Em outras palavras,
o corpo expressa-se também para si mesmo, ou como ele mesmo afirma,
principalmente para si mesmo, realizando assim o fenômeno da consciência,
talvez o quesito mais importante para a manutenção e evolução da vida do ser.
Jal e Alexandre: Foto JSchutze |
Tradicionalmente,
nas artes corporais, expressividade refere-se à capacidade corporal de
ordenar-se com eloquência e clareza, no intuito de provocar no outro
determinados sentidos e percepções no âmbito estético intelectual, e com isso
promover uma maior empatia emocional entre o artista e o espectador. Foi a
partir de tais premissas que o trabalho de Stanislavski
foi formulado. Para isso o corpo deveria ser treinado tecnicamente a fim de cumprir
os seus propósitos enquanto artista cênico. É esta a ideia contida, por
exemplo, num dos seus parâmetros fundamentais da interpretação do ator: a
memória emotiva.
Com
base nos recentes estudos em neurociências (Damásio), identidade e cultura (Stuart Hall) e sistemas (Mario
Bunge), hoje tais conceitos podem ser questionados. Se como disse
anteriormente o corpo é sempre expressivo do que lhe acontece a nível
emocional, como se podem enriquecer os estudos sobre expressividade, a fim de
dar-se conta das exigências que o próprio corpo possui de manter-se não
simplesmente vivo, mas “em vivacidade”, que é o que se espera minimamente de
uma apresentação cênica?
Rudolf Laban, precursor das técnicas
contemporâneas de dança, preocupado com a falta de vitalidade dos atores e
bailarinos de sua época, desenvolveu suas pesquisas focando-se basicamente nos
estudos da mecânica do movimento humano, com isso poderia libertar o movimento
e a dança de qualquer dominação estética.
Irmgard Bartenieff, discípula de Laban, vai apostar na observação do
desenvolvimento ontogenético (do embrião) e filogenético (das espécies), como
uma chave para o destrave da movimentação corporal, tornando assim o corpo mais
expressivo. E a partir dai formula sua técnica. As suas ideias influenciaram
grandemente os estudos corporais, e também as práticas terapêuticas que se
seguiram, tendo como base a noção ainda não de todo abandonada de que o corpo
com suas vivencias na cultura, deparando-se com suas frustrações desenvolveria
“couraças” musculares (Wilhelm Reich),
e que um processo técnico-terapêutico poderia devolver-lhe a liberdade
expressiva. Desse conceito desenvolveram-se várias técnicas e terapias
corporais (Bionergética, Consciência Corporal, Somaterapia, etc.).
Segundo
os estudos de Christine Greiner,
pesquisadora do corpo em seus processos artísticos, a diferença fundamental
entre o corpo artista e o corpo não artista é a consciência de sua
expressividade durante a sua apresentação pública, um sentido de presença que
nada mais é do que uma consciência amplificada de tudo o que acontece no
momento da apresentação incluindo-se aí a própria condição do corpo artista e
seus sentimentos.
Se
para António Damásio é o movimento
que gera a consciência, o exercício das possibilidades corporais, quando legitimamente
motivadas promoveria uma maior consciência e por sua vez uma maior
expressividade corporal. Se observarmos o nosso próprio movimento podemos
constatar que para se gerar o movimento há necessidade de um nível de consciência,
que na prática se confunde com o próprio movimento. Nesse sentido para que o
corpo se torne expressivo e preciso que se insista na consciência, que em todo
caso é sempre aqui e agora, mesmo no caso das lembranças ou dos projetos
futuros, já que estão sendo sempre vivenciados no presente.
domingo, 13 de janeiro de 2013
segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
Domínio Público em Portugal
SEU VICENTE recebe os vídeos de DOMÍNIO PÚBLICO e os coloca em debate, via net
http://seuvicenteresidencias.wordpress.com/2013/01/04/dominio-publico-no-espaco-pequeno/
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