segunda-feira, 10 de maio de 2010

RELATO DO DENIS

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O projeto rEGISTRO gERAL encontra neste exato momento no meio de processos, onde o amor e o ódio são um só, num projeto que tem de ser executado em 8 meses já chegamos no quarto mês e com todas perturbações e interferências possíveis sob nosso corpo. Passamos por momentos de pura incerteza e nos levamos a cair no vazio de nossos corpos e de nossas Danças, performance, representação ou qualquer uma dessas classificações que alguém queiro nos ROTULAR que por mais que não sejamos INSTANTÂNEO em nossas ações sei que somos INTEGRAL em nossos PROCEDIMENTOS DE ROTINA e que no cair ou no eu CAIO e eu me levanto a única coisa que fica codificada em nosso corpo, são as MEMÓRIAS DA PELÉ que por mais distante que possamos ficar de nós mesmo é mais fácil nos perceber humanos e mais errôneo quando procuramos o som de dentro da gente o URUCUNGO existente em nossas ações improvisadas em nosso dia a dia.

Algo esta ficando bem certo no meu processo de pesquisa e que tenho certeza, mas do que nunca que a improvisação é meu eixo de atuação, coisa que a 4 meses atrás não sabia exatamente o que eu queria com meu solo, com meu corpo URUCUNGO e tenho a absoluta certeza que consegui chegar a este ponto porque em minhas incertezas tive Jorge Schutze com seu jeito forte me dizendo a verdade, Charlene Sad com seu jeito explicativo me dizendo a verdade, Mary Vaz com seu jeito delicado me dizendo a verdade, Jailton oliveira com seu jeito tranqüilo me dizendo a verdade.
Lembro como hoje do primeiro a 4 meses atrás no dia em que conversamos sobre cada solo e me dei conta nesse dia que eu não tinha argumentos concretos para realizar minha pesquisa em Dança Urucungo e hoje ainda é difícil, porém uma coisa mudou em mim que foi o poder da escuta do outro.
A escuta dentro desse registro de pesquisa em dança tem sido bem interessante no sentido de que quando abrimos nossos ensaios para a comunidade artística ficamos abertos a tudo. Lembro do primeiro ensaio que eu tentei explicar meu solo para a platéia e senti naquele momento que cada vez que eu tentava explicar eu mesmo não entedia o que eu respondia nesse sentido o primeiro foi bem ruim, pois apesar de sermos seres humanos que erramos não admitimos errar.
A escuta no segundo foi revelador, pude escutar as pessoas falando de mim e de forma tão intima e com uma propriedade sob meu solo que eu pude entender que ser criticado nem é o foco mas sim ser instigado a pensar a ação sim, pensar minha ação esta sendo um ganho nessa pesquisa em dança, pensar no corpo foi encontrar respostas para o eixo mobilizador de minha ação corporal em cena.
A escuta no terceiro ensaio me deixou bem mais tranqüilo, pois saindo do segundo ensaio com varias questões a serem resolvidas determinei um ritmo de vida que me permitiu enxergar no improviso um campo de atuação e adentrar mais um pouco no solo.
Estamos hoje tentando realizar nosso encontros de forma que um possa opinar no trabalho do outro e isso esta sendo um aprendizado para mim, esta sendo uma vivencia experimental que com certeza irei levar para os próximos trabalhos que eu for realizar.
O meu solo Urucungo me revela e quando isso acontece percebo que a cada demonstração o meu processo de pesquisa me leva para algumas soluções e problemas que só eu conseguirei vislumbrar.

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